O Templo de Caratrá, A Gentil

Templo presente no livro A Queda de Atlântida

Um local distante. Erguido acima do Santuário da Luz, se localizava um dos mais belos templos da região: o Santuário da Deusa Caratra, a Estrela da Mulher. Quase toda a extensão da área do templo superava o Santuário e a Casa dos Doze. O templo estava na extremidade de um pequeno lago oval de águas claras e azuis, feito de pedras leitosas com veios de fogo tremeluzentes e opalascentes, no coração da rocha. Jardins compridos, ligados por pérgolas cobertas por trepadeiras, cercavam o lago e o templo e fontes jorravam água no pátio onde cresciam flores o ano todo. É um lugar mágico, cheirando a incenso. Para chegar ao templo é necessário atravessar o lago sagrado, o qual a água normalmente chega à altura do peito da mulher. Na ante-sala do templo a mulher que atravessava o lago, nua, vestia-se com os trajes sacramentais. Dentro do Santuário um altar da Deusa é encontrado. Pelo menos uma vez todas as mulheres faziam aquele ritual, mas só as da Casta dos Sacerdotes e as acolitas sabiam o significado: cada mulher alcançava a maturidade enfrentando as tempestades mais profundas que as águas do lago. Querendo ou não, entendendo ou não, amadurecendo ou não, toda mulher passava por isso.
Todas as crianças da região nasciam ali, sejam filhos de qualquer um, sacerdotisa ou escrava. Todas as mulheres do templo, ao início da puberdade, prestavam um tempo de serviço à Grande Mãe Caratra, ajudando as sacerdotisas da Deusa, cuidando das mães e dos recém nascidos e até mesmo aprendendo serviços de parteira. Depois disso, todos os anos cada uma continuava o serviço por um prazo que variava de um dia a escravas e plebéias até um mês para acolitas e sacerdotisas para servirem no Templo da Mãe.
As Iniciadas no templo vestiam-se com uma túnica azul, representando a cor da maternidade, e possuíam como símbolo da Deusa, um disco de prata, como uma lua cheia, que era presenteado às aprendizes mais velhas e mais competentes.