Autor: Marion Zimmer Bradley e Deborah J. Ross
Tradução: Gisele Conti
...
Quando a caravana de resgate entrava no pátio em Água-Doce, a febre de Harald já havia cedido. Ele desceu da sela, sua face branca de cansaço, mas recusou uma liteira improvisada. Varzil pensou que neste ponto ele era muito parecido com seu pai. Quando já estavam posicionados, um grupo de homens veio galopando para encontrá-los. Dom Felix vinha à frente.
Varzil observou seu pai tomar seu filho mais velho e herdeiro nos braços, os olhos idosos avermelhados pelas lágrimas. Por um instante, desejou que seu pai o abraçasse com o mesmo amor escancarado. Ele sabia, com uma estranha nova certeza que crescera desde sua visita a Arilinn, que seu pai o amava, e aquele amor jazia sob sua resistência em mandar uma frágil e franzina criança para dentro de um antro de feitiçaria. Como o Guardião de Arilinn, ele temia o que pudesse acontecer à saúde de Varzil.
Ao contrário de Varzil, que desejava coisas peculiares e estranhas, Harald era um filho descomplicado, seus desejos tão claros e diretos para Dom Felix como os dele próprio. Eles eram uma só mente; entendiam um ao outro. Dom Felix nunca poderia entender um temperamento como o de Varzil, e nenhuma quantidade de amor paterno poderiam resistir tal ausência de compreensão.
Quando chegaram à casa principal em Água-Doce, Varzil foi ajudar a levar os cavalos. Acreditava totalmente que a febre de Harald o faria esquecer de sua promessa, e tinha pouca esperança de que seu irmão fosse capaz de convencer Lorde Felix.
Portanto Varzil ficou um pouco surpreso quando, na manhã seguinte, seu pai o convocou para uma conversa em particular. O velho estava diante dele, faces coradas, mudando constantemente de um pé para o outro.
- Harald contou-me as circunstâncias de seu resgate. Disse que você negociou com os homens-gato pela sua soltura. Como foi capaz de fazer isso? Eles não falam nenhuma língua que os homens possam entender.
Não importa se acreditará em mim ou não, mas falarei a verdade. - Fui capaz de alcançar seu líder com meus pensamentos.
- Com laran?
Varzil concordou. Com aquele mesmo laran que disse não valer o treinamento. Sem querer, ele projetou o pensamento.
Dom Felix deu um suspiro e seus olhos, cansados pelas intensas emoções dos últimos dias, brilharam.
- Eu... eu devo ter cometido um erro. Você era um sonhador, um jovem preguiçoso, mas sempre foi confiável. Se disser que se comunicou com o homem-gato através do laran, então foi isso mesmo que aconteceu. Um Dom assim não pode ser ignorado ou descartado. Você deve ter o treinamento adequado... se não em Arilinn, então em outro lugar.
Varzil ergueu seu queixo, incapaz de falar.
- Se desejar, meu filho, irá para Arilinn nesta mesma manhã, não apenas com minha benção, mas meu modesto pedido pela sua admissão. - Com a expressão de surpresa de Varzil, ele apressou-se em dizer, - Me enganei ao pensar que é menos do que realmente é, e irei ajeitar as coisas.
Seu irmão está vivo por causa de seu Dom; mantê-lo aqui seria tão injusto quanto manter um dragão acorrentado para tostar meu assado.
Varzil não conseguiu falar, apenas moveu-se para os braços estendidos de seu pai. Quando finalmente pôde se afastar e arrumar seus poucos pertences, o carro-aéreo já estava esperando para levá-lo de volta a Arilinn.
...continua.
Varzil observou seu pai tomar seu filho mais velho e herdeiro nos braços, os olhos idosos avermelhados pelas lágrimas. Por um instante, desejou que seu pai o abraçasse com o mesmo amor escancarado. Ele sabia, com uma estranha nova certeza que crescera desde sua visita a Arilinn, que seu pai o amava, e aquele amor jazia sob sua resistência em mandar uma frágil e franzina criança para dentro de um antro de feitiçaria. Como o Guardião de Arilinn, ele temia o que pudesse acontecer à saúde de Varzil.
Ao contrário de Varzil, que desejava coisas peculiares e estranhas, Harald era um filho descomplicado, seus desejos tão claros e diretos para Dom Felix como os dele próprio. Eles eram uma só mente; entendiam um ao outro. Dom Felix nunca poderia entender um temperamento como o de Varzil, e nenhuma quantidade de amor paterno poderiam resistir tal ausência de compreensão.
Quando chegaram à casa principal em Água-Doce, Varzil foi ajudar a levar os cavalos. Acreditava totalmente que a febre de Harald o faria esquecer de sua promessa, e tinha pouca esperança de que seu irmão fosse capaz de convencer Lorde Felix.
Portanto Varzil ficou um pouco surpreso quando, na manhã seguinte, seu pai o convocou para uma conversa em particular. O velho estava diante dele, faces coradas, mudando constantemente de um pé para o outro.
- Harald contou-me as circunstâncias de seu resgate. Disse que você negociou com os homens-gato pela sua soltura. Como foi capaz de fazer isso? Eles não falam nenhuma língua que os homens possam entender.
Não importa se acreditará em mim ou não, mas falarei a verdade. - Fui capaz de alcançar seu líder com meus pensamentos.
- Com laran?
Varzil concordou. Com aquele mesmo laran que disse não valer o treinamento. Sem querer, ele projetou o pensamento.
Dom Felix deu um suspiro e seus olhos, cansados pelas intensas emoções dos últimos dias, brilharam.
- Eu... eu devo ter cometido um erro. Você era um sonhador, um jovem preguiçoso, mas sempre foi confiável. Se disser que se comunicou com o homem-gato através do laran, então foi isso mesmo que aconteceu. Um Dom assim não pode ser ignorado ou descartado. Você deve ter o treinamento adequado... se não em Arilinn, então em outro lugar.
Varzil ergueu seu queixo, incapaz de falar.
- Se desejar, meu filho, irá para Arilinn nesta mesma manhã, não apenas com minha benção, mas meu modesto pedido pela sua admissão. - Com a expressão de surpresa de Varzil, ele apressou-se em dizer, - Me enganei ao pensar que é menos do que realmente é, e irei ajeitar as coisas.
Seu irmão está vivo por causa de seu Dom; mantê-lo aqui seria tão injusto quanto manter um dragão acorrentado para tostar meu assado.
Varzil não conseguiu falar, apenas moveu-se para os braços estendidos de seu pai. Quando finalmente pôde se afastar e arrumar seus poucos pertences, o carro-aéreo já estava esperando para levá-lo de volta a Arilinn.
...continua.
Olá, mandei um pedido para entrar no grupo e ajudar nas traduções mas não obtive resposta. Estou traduzindo A Forja de Zandru do ponto em que parou aqui no blog e gostaria de saber se vcs tem interesse.
ResponderExcluirAguardo contato!
danimacchione@hotmail.com