sábado, 17 de setembro de 2011

O Dom Alton - trecho 4

Autores: Marion Zimmer Bradley e Deborah J. Ross
Tradução: Bruna Masdjid

...
A trilha se inclinou para baixo, as colinas se abriam ao redor deles, e eles alcançaram a estrada de Nevarsin. Pouco tempo depois, uma caravana foi vista, uma dúzia de carroças puxadas por chervines carregados com fardos, e um pequeno rebanho de ovelhas! A caravana parou quando viu Garin e seu povo. Um homem em um resistente cavalo marrom caminhou ao encontro deles. Ele carregava um bastão grosso.
Transpirando repentinamente, Garin afastou-se dos outros. Ele segurou as mãos longe de seu corpo de modo que o homem montado podia ver que ele estava desarmado. "Nós somos viajantes inocentes, não bandidos!" ele gritou.
O cavaleiro cutucou o cavalo para frente. O animal respondeu plácido, claramente mais acostumado a puxar uma carroça que envolvido numa batalha."Quem é você e o que vocês estão fazendo nesta estrada?" perguntou o homem. "O que você quer?"
Garin engoliu em seco uma resposta. Eles estavam em menor número, e se ele veio para uma luta, eles não tinham chance com apenas o cavaleiro e um garoto meio-crescido. Parecia gente honesta. Se ele se pronunciar gentilmente, Garin e os outros poderiamseguir a viagem em família com eles e compartilhar um pouco de comida...
Ele contou sua história de forma simples: os incêndios e inundações, a fome, naquele último inverno terrível, e, finalmente, a decisão de deixar o lar de sua gente.
O cavaleiro acenou com a cabeça, pensativo, baixando o bastão. "Ouvi falar nessa história, ou algo bastante semelhantea ela, dez vezes desde que estou na trilha. Chamo-me Dougal, a propósito. Minha esposa e eu, nós somos pequenos fazendeiros nas imediações dos Penhascos
Storn.Os grandes incêndios não nos alcançaram, mas nos últimos cinco anos tem sido uma coisa atrás da outra. Costumava ser o fornecimento de matéria-prima para o fogo-ardente dos lordes, e seu envio para a Torre fazer a química, e todos tinham que vir ajudar. Agora é cada um por si.”
Com empatia, Garin assentiu com a cabeça. Olharam-se sem palavras em entendimento entre camponeses. Exceto pelo sotaque estranho, poderiam ter sido vizinhos.
Dougal encostou o queixo sobre o ombro. "Minha esposa morreu no parto, assim que eu saí. Conheci essas pessoas na trilha, decidimos que seria mais seguro,juntos. Todos os tipos de fora do reino estão à solta estes dias e cortam a sua garganta por um pedaço de pão.”
Garin estremeceu. "Ficaríamos muito gratos se você nos deixasse viajar com você."
"Não há necessidade de pedir".O rosto enrugado de Dougal se abriu ​​em um largo sorriso. "Parece que alguns de seus mais jovens estão muito fatigados. Nós vamos montâ- los nas carroças um pouco. Parece que sua mulher não teve uma refeição decente desde o outono passado."

...continua

Nenhum comentário:

Postar um comentário