segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Britannia


Honorable Bede conta-nos em sua "História Eclesiástica dos Povos Anglos", que, devido às dificuldades enfrentadas por Roma, as legiões romanas em 410 d.C. se retiram da Britannia. Seus habitantes celtas ficaram à mercê de inimigos escotos e pictos.
Uma vez que os celtas não dispunham de forças militares para defender-se, em 449 d.C., recorrem às tribos germânicas como jutos, anglos, saxões e frísios para obter ajuda. Estes, entretanto, de forma oportunista, acabam tornando-se invasores, estabelecendo-se nas áreas mais férteis do sudeste da Grã-Bretanha, construindo ainda mais vilas e aumentando a população local. Os celtas-bretões sobreviventes refugiam-se no oeste (Gales) e no sul (Cornwall).
Prova da turbulência e do descaso dos invasores pela cultura local é o fato de que quase não ficaram traços da língua celta na língua inglesa. Com o tempo, as línguas dos anglos e dos saxões deram origem ao inglês.


Bretões

Os bretões (Breizhiz, Bretoned) são os integrantes de um grupo étnico que habita a região da Bretanha, na França. Sua origem vem dos grupos de falantes do britônico que colonizaram a área, vindos do sudoeste da Grã-Bretanha em duas ondas migratórias ocorridas do século IV ao VI. O idioma tradicionalmente falado por eles é o bretão (Breizh), falado por aproximadamente 365.000 pessoas, dos quais 240.000 o falam com fluência, numa população total de 4.365.600 habitantes (janeiro de 2007) na região. O bretão é parente próximo dos dois outros idiomas britônicos existentes, o córnico (mais próximo) e o galês (mais distante). A região da Bretanha recebeu o nome em sua homenagem, e seu povo é considerado uma das seis nações célticas (outra minoria linguística também existe na Bretanha, os falantes do galó).
Origens étnicas dos bretões
Durante o século IV, um grande número de auxiliares bretões do exército romano pode ter ficado na Armórica. No século IX, a obra Historia Brittonum conta que o imperador Magno Máximo, que liderou suas tropas da Bretanha, criou assentamentos na província. Nennius e Gildas mencionam uma segunda leva de bretões indo para a Armórica, fugindo dos anglo-saxões e dos escotos. Dados arqueológicos corroboram com as duas levas migratórias.
Geralmente, é aceito que os falantes britônicos deram origem ao nome da região, bem como a língua bretã, Brezhoneg, uma língua irmã da língua galesa e língua córnica.
Há vários registros de missionários cristãos celtas migrando da Bretanha durante a segunda leva colonizadora, especialmente na lenda dos Sete Santos Fundadores da Bretanha, bem como o Santo Gildas. Assim como na Cornualha, muitas cidades bretãs foram nomeadas a partir desses santos. O santo irlandês Columbano ainda possui forte crença na Bretanha e é comemorado em Carnac.
No início da idade média, a Bretanha foi dividida em três reinos: Dumnonia, Cornouaille (Kernev) e Bro Waroc'h (Broërec), cujo os quais foram incorporados no Ducado da Bretanha. Os nomes dos dois primeiros reinos derivam da terra natal das tribos imigrantes: Cornwall (Kernow) e Dumnonia. Bro Waroc'h (Terra de Waroch) deriva do nome de um dos primeiros governantes bretão, que dominou a região de Vannes (Gwened). Os governantes de Dumnonia, como Conomor, expandiram seu território e se declaram soberano de todos os bretões, criando uma grande tensão entre os lordes locais.
Os bretões foram as mais proeminentes forças atuantes, não normandas, na conquista normanda da Inglaterra. Um grande número de famílas bretãs estavam na alta classe da sociedade antiga e ligadas por casamento com normandos.A realeza escocesa da Casa de Stuart e o Clã Stuart possuem origens bretãs.


Fontes : Wikipédia

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