quinta-feira, 30 de junho de 2011

A Senhora do Trilio - trecho 11

Autor: Marion Zimmer Bradley
Tradução: Ariane Pierine

...
Mikayla ficou tão espantada com a absoluta certeza na voz de Fiolon e com a provável verdade do que dizia, que por um momento ficou sem saber o que dizer. Depois virou para Quasi e falou com ele.
- Mas você ainda não disse por que essas ruínas podem ser perigosas.
- Bom – disse Quasi nervoso, revirando os olhos – elas ainda estão vivas.
- Vivas? – disse Fiolon – As ruínas? Você está dizendo que os prédios eram... e ainda são.. vivos? Nunca ouvi dizer que os Desaparecidos pudessem construir prédios vivos.
- Se qualquer um entrar neles – Quasi disse, com a voz trêmula – surge vozes do chão e falam uma língua desconhecida.
- E se ainda existirem alguns aparelhos dos Desaparecidos funcionando por lá? – disse Mikayla animada – Precisamos entrar!
- Agora não! – disse Traneo aflito – Já é quase noite. Por favor, princesa, não faça nada precipitado. Pense mais um pouco. Não entre até amanhecer, se é que vai entrar mesmo.
- Tudo bem então. Vamos encontrar um lugar seguro para montar o acampamento – disse Mikayla. – E... eu não sei quanto a vocês, mas eu estou ficando com fome. Vocês não?
- Eu andei com fome a maior parte desses três dias – disse Fiolon, direto e calmo. – Foi você quem insistiu em racionar nossos suprimentos.
- Continuo achando que é uma boa idéia – disse Mikayla, - porque, se ficarmos sem comida, teremos de voltar para casa. E não quero fazer isso... ainda não.
- Então o que acha que devemos fazer? – Quis saber Fiolon.
- Acho que devemos deixar Quasi e Traneo encontrar um bom lugar para acampar.
Fiolon virou para Quasi, que disse:
- Não temos muito tempo antes de escurecer, meu senhor, mas farei o melhor possível.
Eles continuaram subindo o rio por um tempo, então Traneo fez um sinal para levarem os barcos para a margem num pequeno promontório, coberto de pedras lisas e redondas.
- Podemos testar aqui, lorde Fiolon. Nesse lugar, pelo menos, os skriteks não podem se esconder no mato alto.
- Certamente não podem – concordou Mikayla. – aqui não há capim alto o suficiente para ocultar nada maior que um funt do prado.
Ela pulou para fora do barco para procurar capim seco para acender o fogo. Mas no momento que colocou os pés no chão ficou paralisada.

...continua

Um comentário:

  1. eu acho esse livro muito interessante
    adoro a historia que ele traz.

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